A violência contra as mulheres é um problema grave no Brasil e é por isso que o Governo Federal tem lançado campanhas para conscientizar sobre este tema e promover a importância da união para pôr fim a ela. Uma dessas campanhas é o “Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra as mulheres”, que é realizada em parceria entre os Ministérios da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) e das Comunicações (MCom). A campanha será destacada por ações on-line e off-line, incluindo peças digitais e um painel em uma região central de Brasília. A campanha convoca a sociedade a ficar atenta aos sinais de violência e denunciá-los através do Disque 100 ou Ligue 180. A campanha foi lançada em 06 de dezembro, marcando o início de 21 dias contra a violência contra as mulheres, terminando em 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A Universidade Federal do Ceará também tem se engajado nesta luta, representada pelo Prof. Glauco Lobo como reitor em exercício, aceitou participar da campanha “Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra as mulheres”. Sendo a UFC uma instituição com quase 50% de sua faculdade, estudantes, pesquisadores e funcionários sendo mulheres, e também tendo ações de extensão e pesquisa que visam fortalecer a causa, foi natural para a instituição aderir à campanha, que foi criada pelo Conselho Cearense dos Direitos da Mulher (CCDM).

A violência doméstica é a que mata, agride ou lesa física, psicológica, sexual, moral ou financeiramente a mulher. Pode ser cometida por qualquer pessoa que tenha uma relação familiar ou afetiva com a vítima, ou seja, more na mesma casa ou tenha algum tipo de relacionamento.

A violência contra as mulheres no Brasil é alarmantemente alta, com dados mostrando que houve aumento no número de casos de violência doméstica e feminicídio em todo o país. É importante que as autoridades e a sociedade em geral continuem trabalhando para combater esse problema e fornecer apoio às vítimas.

É por isso que a campanha “Laço Branco” tem como objetivo abordar a cultura machista de uma forma simples e objetiva, na qual os homens possam entender a relação entre machismo e violência contra as mulheres e tornar a pauta “violência contra as mulheres” entre os homens mais compreensível, na medida que também alerta sobre os discursos machistas e de senso comum sobre o tema.

A campanha “Laço Branco” também tem como objetivo lembrar que a data de 06 de dezembro tem sua origem em um episódio de violência contra mulheres ocorrido em 1989, quando um grupo de homens canadenses decidiram se organizar para declarar que existem homens que cometem violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.

É importante que todos estejamos unidos contra as violações de direitos humanos causadas às mulheres brasileiras. Por isso, os homens precisam estar cientes de que esta também é uma luta que afeta a vida deles, pois a violência atinge famílias, caminhos, histórias, comprometendo toda a sociedade. Vamos nos unir e pôr fim à violência contra as mulheres, juntos podemos fazer a diferença:

1. Educando-se sobre a violência de gênero e seus efeitos: é importante que os homens estejam cientes dos problemas e desafios enfrentados pelas mulheres.
2. Falando sobre o assunto: os homens podem usar sua influência para iniciar conversas sobre violência de gênero e ajudar a romper o silêncio e o estigma que cerca o assunto.
3. Apoiando as mulheres: os homens podem apoiar as mulheres que sofreram violência, oferecer-lhes suporte emocional e ajudá-las a encontrar recursos e serviços de apoio.
4. Trabalhando para mudar a cultura: os homens podem trabalhar para mudar as normas sociais e as crenças que permitem a violência de gênero, e desafiar a linguagem e comportamentos ofensivos quando os vejam.
5. Denunciando a violência: os homens podem denunciar qualquer violência de gênero de que tenham conhecimento e pressionar as autoridades para tomar medidas para acabar com a violência.